O filósofo Denis Rosenfield alerta para os riscos de as ruas acabarem alijadas de uma constituinte para fazer uma reforma política como a proposta hoje pela presidente Dilma Rousseff. Ela defendeu que essa constituinte seja convocada por plebiscito. Não explicitou se a reforma da Constituição seria empreendida por uma constituinte específica ou pelo Congresso, como ocorreu em 1988 e na revisão de 1993. “É uma loucura completa. Já disseram que é jogar gasolina na fogueira e é mesmo”, diz o professor da Universidade do Rio Grande do Sul. Rosenfield alerta para os riscos dessa constituinte. “Agora, uma constituinte seria controlada pelo governo e pelos movimentos sociais que os apoiam. Por isso, implicaria na radicalização do governo e na aprovação das medidas que interessam ao PT: o voto em lista e o financiamento público de campanha”.
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Felipe Patury